A FenaSaúde lançou na última terça-feira (11/08) o boletim de indicadores financeiros analisados até o primeiro trimestre de 2015 e mostrou que apesar do crescimento do setor diante da crise, os gastos dos planos de saúde ainda são maiores do que as receitas das operadoras.
De acordo com o relatório, as despesas assistenciais, administrativas, de comercialização e de impostos alcançaram o valor de R$53,4 bilhões nos 12 meses que antecederam março de 2015, o que representa uma expansão de 18,1% na comparação com o mesmo período de 2014.
O documento apresentou também as despesas das afiliadas para a Federação, que concentrou 98,2% da sua receita através de contraprestações – provenientes das mensalidades dos beneficiários e empresas. Isso representou um total de R$54,3 bilhões, um crescimento de 14,3% em relação do mesmo período do ano anterior. Em números operacionais das afiliadas isso representou quase R$1 bilhão.
A despesa total referente ao mercado de saúde suplementar apresentou um crescimento de 15,4% levando em consideração a mesma base de comparação, isso representa um montante de R$134,8 bilhões. Em relação a receita de contraprestação o valor é 14,7% maior.
Procedimentos
Tanto para as associações da Fenasaúde quanto para o mercado de saúde suplementar, as despesas pagas com procedimentos ambulatoriais obrigatórios como consultas, terapias, internações e exames foram mais aceleradas do que as de contraprestações.
Só as empresas associadas gastaram R$45,2 bilhões em procedimentos de assistência médica e odontológica até março de 2015, esse valor é 18% mais alto do que o mesmo período do ano passado. Na saúde suplementar, no entanto, as despesas assistenciais somaram R$110,5 bilhões, um avanço de 16% em relação aos outros períodos.
Sinistralidade
A pesquisa mostrou ainda que 84,3% das afiliadas à Fenasaúde sofreram sinistralidade nos planos de assistência médica no mesmo período analisado até o começo de 2015. Isso representa 2,6% a mais que o mesmo período do ano passado.
Na saúde suplementar a sinistralidade representou 82,7% nos planos de assistência médica. Uma expansão de 1,1% com base na mesma comparação.
Provisões técnicas
Os dados apresentados no relatório referente as provisões técnicas mostrou que as empresas associadas à Federação acumularam um montante de R$14,4 bilhões até março de 2015. No mercado de saúde suplementar, no entanto, as garantias totalizaram R$28,5 bilhões.