Com a crise econômica no país e um índice de desemprego alto, o número de beneficiários nas seguradoras também cai e os profissionais do setor de planos de saúde procuram maneiras de impedir o famoso “efeito dominó” que pode afetar o crescente desenvolvimento da área nos últimos anos.
Desde que a Lei 13.097/15 entrou em vigor em janeiro de 2015 e permitiu a participação direta ou indireta, e controle de empresas ou de capital estrangeiro destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar hospitais gerais, clínicas e policlínicas, o setor passa por uma fase de observação.
Em uma corrente oposta a perda de beneficiários, a saúde pública enfrenta uma demanda cada vez mais crescente, principalmente em regiões em que é possível sentir os efeitos da crise.
De acordo com os especialistas do segmento, as regiões que possuem maior vínculo com a indústria automobilística ou que apresentam um índice de dependência de petróleo alto são as primeiras a sentir as consequências da crise também na área da saúde, já que o número de pessoas que migraram do setor privado para o SUS em decorrência do desemprego é grande.
Além do fator “beneficiários”, os setores que trabalham com insumos importados também sofrem com a temida inflação médica que aumenta ainda mais em tempos de mercado retraído e crise. Dívidas em moeda estrangeira na importação de equipamentos também são fortemente impactadas.
Entre as estratégias das seguradoras para tentar reter a migração de beneficiários para o Sistema único de Saúde e evitar outros contratempos gerados pela tensão econômica, estão o investimento em tecnologias de acesso, além da valorização profissional e mudanças impulsionadas por produtividade e gestão.