Modalidade de planos de saúde em que os consumidores pagam uma taxa a cada vez que utilizarem exames, consultas e tratamentos específicos, os chamados planos de saúde com coparticipação voltaram a ser defendidos pela Agência Nacional de Saúde (ANS) na última semana de Agosto.
Com mais de 55 mil planos disponíveis no mercado que já contam com esse tipo de mecanismo, o órgão regulador apresentou interesse em ampliar a oferta desse tipo de serviço como uma das opções de “manter o mercado vivo” e alavancar as vendas do setor.
Apesar de se posicionar a favor desse tipo de plano, a ANS descartou a mudança da legislação como estímulo na comercialização do mercado e lembrou que a cobrança não pode ser incluída em contratos que já foram formalizados sem esse mecanismo.
Um levantamento realizado pela Gestora e Consultoria Aeon com 423 empresas brasileiras apontou que 66% delas apresentam como diferencial a seus colaboradores planos de saúde com coparticipação.
A pesquisa apontou ainda o valor médio que os funcionários desembolsam com consultas eletivas e exames mais complexos, sendo R$13,17 para o primeiro e R$26,79 para o segundo. O valor médio desembolsado para terapia é de R$12,13.
Mesmo diante da postura do principal órgão nacional de saúde suplementar, a pesquisa elucidou a importância de usar esse método com cuidado, já que ao mesmo tempo em que a coparticipação estimula o uso consciente do plano de saúde essa dissuasão pode aumentar os gastos com os sistemas de saúde e não diminuí-lo.