Economia retraída, comércio em alerta, aumento do desemprego e diminuição de renda são alguns dos fatores que afetaram o setor de planos de saúde, que só no primeiro semestre de 2015 perdeu cerca de 190 mil clientes de acordo com a Associação Brasileira de Medicina em Grupo (Abramge).
Essa perda é reflexo principalmente da postura do brasileiro, que nem sempre coloca os planos de saúde como prioridades em seus serviços, assim como a má gestão das operadoras que com uma economia retraída sofrem para manter em dia os custos dos prestadores de serviços.
Quando não são bem pagos os prestadores (hospitais, clínicas e profissionais) deixam de dar prioridade as operadoras que resultam em um atendimento com qualidade inferior e que muitas vezes deixa de valer o custo pago pelos clientes.
Com uma carteira de clientes “apodrecida” – que contém apenas pacientes em tratamento que pagam um valor menor do que geram gastos – a chance das empresas entrarem em um círculo de má gestão e dívidas é ainda maior.
Outro fator que também interfere no desempenho do setor e que explica essa perda é o número de planos corporativos que já ultrapassa mais da metade de planos comercializados no país, já que poucas operadoras ainda mantém a venda de planos individuais.
Com um índice de desemprego em alta, muitas pessoas perdem o benefício que interfere diretamente nos números do setor. Entenda melhor como a crise pode afetar o ciclo da saúde suplementar no país.